quinta-feira, 17 de junho de 2010

Perto de estranhos fluidos

Perto de estranhos fluidos

Dia. Acordei. Abri os olhos. Escorriam aqueles fluidos novamente. Não estranhei. Não me eram estranhos. Noite. Mais uma vez em que algemas me prendiam e perto, aquela longa e pérfida ameaça aproximava-se. Dia. Já não importava se atingiriam meu rosto. Não importava. Em nada. Noite. Acostumara-me com o estranho que trazia alimento. Acostumara-me com quase tudo. Dia. E de novo a porta abriu e de novo o líquido desceu e de novo fechei meus olhos. Noite. Quando acordei, do teto escorria ainda o fluido. O estranho trouxe alimento. Dia. E assim eu soube: trouxe a mim tudo que havia pedido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário