sexta-feira, 11 de junho de 2010

A morte em marte

A morte em Marte
Tema: Marte e Catatonia

A morte em Marte é melodramática, maldiziam meninos melindrosos nos morros e masmorras de sua morosa morada. Caminhavam calcando conchas de calcário, copos cor de creme e constrangidos, iam calvos caducos da cabeça e crentes sem Cristo. Criam no Catatônico, mestre meticuloso que ministrava suas missas omissas, marcadas ora por um marasmo castrado de mágica, ora por cantos maximizados de cólera.


Nos meandros de maio, meio cansado meio constipado, um menino de má conduta mostrou a mentira do Catatônico.

- Como queres marcar em mim mentiras malditas?

- Marco-as com certeza, sem medo!

- Coragem malfadada cai em crendice de maluco. Crê em mim, menino, crê na Catatonia!

- Mentira é a maleita citada, catatonia, coisa de mente crente em malandragem!

E calados os mordazes, moveu-se corpo e mente, na missa mais que mordida, do Catatônico malandro. Meses e meses se compunham e os meninos continuavam crentes na mentira. Contendas eram copiosas, mas medidas em melhores meios que mediassem o calor na missa da catatonia.


O Catatônico compunha melodias de maior malfeita. Movia mentes medradas caminho acima chegando em casas mínimas de meditação. Moldava cabeças e corações sem confiança, criando correntes acomodadas. Com os concorrentes construía máximas da mais corrupta conduta. Conduzia com maestria, mestre moderno e mundano de um mundo sem mãe.


E no mercado, melões e melancias, maçãs e mel. O menino molhava a mossa querendo comer. Chiava em sua mente, marcava em seu corpo a maldição catatônica. Em crua malvadeza, calculada medida de meticulosa correção concluiu: mataria o Catatônico, cova e cruz, merecidas.


Em um campo moldado pelo capim caminhava um dia o capataz das crenças. O céu mesclado de cores cinza e cobre condizia com o clímax. Acampado num canto o menino calculava seu curso. Correndo nos cascalhos caiu aos calcanhares de seu carismático mestre, seus membros quebrados, sua cara em cataclisma: calcara a morte, cuidara de medir que moradia lhe caberia.


A masmorra em que construiu sua combinação de circunstâncias era completa de cabeludos mamelucos e cablocos malucos, morrendo magros por comer conchas de calcário, calcadas por meninos catarrentos. Corria acima dos muros um conto que criminosos morriam cedo, conjeturando concisa matéria de suas capacidades malfeitoras.

E chorando, o menino clamava por clemência:

- Mais me cabe morrer por não condizer com montanhas de mentiras: quero a continuação com meu modo, minha crença. Malfeitor como menino merece clemência, morro minguado, como um macaco cheio de moléstia, um milho moído que não se come...

E chegado o momento, cantavam as crentes crianças:

- Molhada morte malhada, merecida morte ao menino. Crê em mentira, maldiz a certeza.

Na missa, Catatônico manifestava maravilha, cingia o machado, citava a cura que conspurcaria a maldade.

E concluindo a cerimônia, molhou o chão com o corrimento da carne.


As caras coradas das crianças mediam o medo, mas cuspiam coragem: a mão da catatonia mantinha seus corpos sem manchar, suas mentes sem corromper.


E a máxima desse caso crasso completa-se com o cabido mote, morte em Marte, melodrama crucificado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário